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15/02/2017 15:32:21

Veja quanto você terá de trabalhar se aprovada a reforma da Previdência

Os diretores da AOJUSTRA Thiago Duarte e Altemar Santos estiveram nesta quarta-feira em Guarulhos, juntamente com o diretor de base do Sintrajud Rodrigo Évora, conversando com os colegas Oficiais e demais servidores sobre a necessidade de enfrentarmos juntos a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo.

O calendário de mobilizações começa no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, quando está sendo proposta uma paralisação de três horas do Judiciário Federal em São Paulo e manifestações na Avenida Paulista.

Os diretores explicaram para oficiais e servidores internos as atuais regras para se aposentar, o que a proposta do governo Temer propõe (PEC 287) e o que podemos fazer para impedir este retrocesso dos direitos sociais.

Além disso, foi explicado o engodo da propaganda do governo, de que há déficit na previdência: "O governo desconsidera contribuições para sustentar a Seguridade além da contribuição do empregador e do empregado que são estabelecidas na Constituição e dos 30% do Orçamento que são retirados para pagamento de outras despesas (DRU) e vem falar em déficit. Isso é falso e desonesto", disse Altemar Santos.

Thiago Duarte ressaltou a importância de deixarmos as diferenças ideológicas de lado e estarmos unidos na luta contra a reforma da Previdência: "É preciso sermos generosos conosco mesmo. Não nos dividamos devido as diferenças de análise da conjuntura. Nossa única chance é se tivermos unidos."

Rodrigo Évora, por sua vez, convocou os servidores a participarem dos atos de 8 de março e da paralisação de 24 horas proposta para 15 de março, ressalvando que nossa omissão hoje pode significar anos a mais de trabalho amanhã ou mesmo não conseguir se aposentar. Ressaltou, ainda, que a reforma atinge os setores público, privado e trabalhadores rurais, em especial as mulheres servidoras (10 anos a mais), o que torna necessária a união de todos os trabalhadores.

A proposta é tão abrangente que atinge até mesmo quem está aposentado e sua família, já que prevê a redução do valor da pensão em caso de morte. E além disso pode ser seguida de um aumento na contribuição, que só depende de projeto de lei.

 

* Os números da tabela que ilustra este texto valem para os servidores que, na data da promulgação da reforma da Previdência, não tiverem ainda completado 45 anos (no caso das mulheres) e 50 anos (no caso dos homens). Para estes, haverá uma regra de transição que prevê trabalhar mais 50% do tempo que faltar para a aposentadoria pela atual contagem. Para os servidores que já adquiriram o direito à aposentadoria pelas regras atuais e continuam trabalhando não haverá nenhuma alteração no tempo de serviço.